COMO SABER SE ESTOU ENTRANDO NA MENOPAUSA?
Quais são os primeiros sinais da menopausa?
A menopausa ocorre em média entre 45-55 anos, podendo ocorrer antes ou depois de acordo com a fisiologia de cada mulher. Fatores genéticos, de saúde e estilo de vida podem influenciar a idade em que a menopausa se instala.
O período que antecede a menopausa é conhecido como Climatério ou Perimenopausa e os principais sintomas são:
- Irregularidades menstruais: Ciclos menstruais que se tornam mais curtos ou mais longos, ou a parada das menstruações.
- Alterações nos sintomas menstruais: Sangramento mais intenso ou mais leve do que o habitual.
- Calores: Sensações de calor súbito, especialmente à noite, que podem estar acompanhadas de suor, os famosos “fogachos”.
- Alterações de humor: Mudanças emocionais, como irritabilidade, ansiedade ou depressão.
- Distúrbios do sono: Dificuldade para dormir ou insônia.
- Secura vaginal: Aumento da secura na região vaginal, o que pode causar desconforto.
- Mudanças na libido: Alterações no desejo sexual.
Como eu sei se de fato já entrei na menopausa?
O marco da menopausa é a última menstruação. Para ser considerada na menopausa, uma mulher geralmente deve passar 12 meses consecutivos sem menstruar. Essa ausência de menstruação pode indicar que a menopausa foi alcançada.
Quais são as 3 fases da menopausa?
A menopausa é dividida em três estágios básicos: perimenopausa, menopausa e pós-menopausa. Durante todas essas fases, o corpo passa por transformações como por exemplo atrofiamento dos ovários, o que causa uma queda na produção dos hormônios que estimulam o ciclo menstrual.
Perimenopausa ou Climatério: geralmente 1 ano antes da menopausa, é onde ocorre os principais sintomas, como por exemplo: variações emocionais, queda de libido e lubrificação vaginal, fogachos e sintomas urinários.
Menopausa: É marcada pela última menstruação da mulher
Pós Menopausa: É o período que se inicia logo após a última menstruação
Qual exame detecta a menopausa?
Além da ausência de menstruação por 12 meses e sintomas relatados, um exame de sangue com detecção de alguns parâmetros hormonais podem confirmar a menopausa. Os exames mais comuns que ajudam a identificar a menopausa são FSH, LH, ESTRADIOL e PROGESTERONA. O médico que entende do assunto pode e deve explicar estes parâmetros para que você saiba o que está acontecendo no seu corpo.
O que fazer para diminuir os sintomas da menopausa?
Nesta fase é muito importante que a mulher esteja acompanhada de um médico de confiança para que ela possa ser cuidada e respeitada nessa fase. Há uma série de tratamentos que ajudam nessa fase. Se a reposição hormonal não for contraindicada, melhora muito a qualidade de vida dessa mulher. Caso a reposição seja contraindicada há tratamentos naturais que podem auxiliar, utilizando chás e alguns suplementos naturais e antioxidantes.
O mais importante sem sombra de dúvidas é levar um estilo de vida saudável com alimentação balanceada e nutritiva, exercício físico cardiovascular e principalmente musculação, pois nessa fase a mulher perde muita massa muscular e ganha gordura, e também há predisposição a osteoporose.
Quais são as contraindicações para reposição hormonal na menopausa?
A reposição hormonal na menopausa pode ser benéfica para muitas mulheres, mas não é adequada para todas. Algumas contraindicações incluem:
- Câncer de mama: Histórico pessoal ou familiar de câncer de mama pode ser uma contraindicação.
- Câncer endometrial: Mulheres com câncer do endométrio ativo ou histórico recente não devem usar terapia hormonal.
- Doenças cardiovasculares: História de infarto do miocárdio, acidente vascular cerebral (AVC) ou trombose venosa profunda pode contraindicar o uso.
- Doenças hepáticas: Problemas hepáticos graves ou doença hepática ativa.
- Trombofilias: Condições que aumentam o risco de coágulos sanguíneos, como síndrome antifosfolípide ou mutação do fator V de Leiden.
- Sangramentos vaginais inexplicados: Qualquer sangramento vaginal que não tenha sido avaliado deve ser investigado antes de iniciar a terapia.
- Alergias: Reações alérgicas conhecidas aos hormônios utilizados.
- História de problemas de saúde mental: Algumas condições psiquiátricas podem ser exacerbadas pela terapia hormonal.
É sempre essencial discutir com um profissional de saúde para avaliar riscos e benefícios individuais antes de iniciar qualquer tratamento hormonal.
Qual é a principal deficiência de hormônio na menopausa?
O principal hormônio que “cai” na menopausa é o estradiol.
A queda dos níveis de estradiol durante a menopausa pode levar a diversos sintomas. Alguns dos mais comuns incluem:
- Ondas de calor: Sensação repentina de calor, frequentemente acompanhada de sudorese.
- Suores noturnos: Sudorese intensa durante a noite que pode interromper o sono.
- Secura vaginal: Diminuição da lubrificação vaginal, o que pode causar desconforto durante a relação sexual.
- Mudanças de humor: Irritabilidade, ansiedade ou depressão.
- Dificuldade de concentração: Problemas de memória e atenção.
- Alterações no sono: Insônia ou dificuldade para dormir.
- Aumento de peso: Alterações no metabolismo podem levar ao ganho de peso.
- Diminuição da libido: Redução do desejo sexual.
Esses sintomas podem variar de mulher para mulher em intensidade e duração. Se você estiver enfrentando esses sintomas, é sempre uma boa ideia conversar com um profissional de saúde.
Por que aumenta o risco de osteoporose na menopausa?
A osteoporose na menopausa está relacionada à queda nos níveis de estrógenos, especialmente o estradiol. Os estrógenos desempenham um papel crucial na regulação do metabolismo ósseo. Aqui estão os principais fatores que contribuem para a osteoporose durante a menopausa:
- Redução dos estrógenos: Com a menopausa, a produção de estrógenos pelos ovários diminui significativamente. Esses hormônios ajudam a proteger a massa óssea, inibindo a atividade dos osteoclastos, as células que degradam o osso.
- Aumento da reabsorção óssea: A diminuição dos estrógenos leva a um aumento na atividade dos osteoclastos, resultando em uma maior reabsorção óssea e, consequentemente, à perda de densidade óssea.
- Desequilíbrio entre formação e reabsorção: Normalmente, há um equilíbrio entre a formação de osso (mediada pelos osteoblastos) e a reabsorção (mediada pelos osteoclastos). Na menopausa, esse equilíbrio é afetado, resultando em mais osso sendo perdido do que formado.
- Idade: A idade avançada, combinada com a menopausa, aumenta o risco de osteoporose, pois a densidade óssea naturalmente diminui com o tempo.
- Fatores de risco adicionais: Outros fatores, como genética, dieta pobre em cálcio e vitamina D, sedentarismo e hábitos de vida, como fumar e consumo excessivo de álcool, também podem contribuir para o desenvolvimento da osteoporose.
Para prevenir ou tratar a osteoporose, é importante considerar a adoção de hábitos saudáveis, como a prática de exercícios físicos, uma dieta rica em cálcio e vitamina D, e, em alguns casos, a terapia hormonal, sempre sob orientação médica.
Quais suplementos devo tomar na menopausa?
Os suplementos fundamentais são Ômega 3, Calcio, Vitamina D, Vitamina K2, Magnésio e algumas vitaminas do complexo B. As doses serão melhores indicadas e personalizadas pelo seu médico nutrólogo.
Como uma médica Nutróloga pode me ajudar na menopausa?
Uma nutróloga pode ser uma aliada valiosa durante a menopausa, oferecendo suporte em várias áreas relacionadas à saúde e bem-estar. Aqui estão algumas maneiras pelas quais ela pode ajudar:
- Avaliação nutricional: A nutróloga pode realizar uma análise detalhada da sua dieta e identificar deficiências nutricionais ou áreas que precisam de ajuste, como aumento de cálcio e vitamina D para a saúde óssea.
- Planejamento alimentar: Ela pode elaborar um plano alimentar personalizado que atenda às suas necessidades específicas, ajudando a gerenciar sintomas como ganho de peso, alterações de humor e saúde cardiovascular.
- Controle de peso: A nutróloga pode sugerir estratégias para manter um peso saudável, abordando o metabolismo que pode mudar durante a menopausa.
- Suporte para sintomas: Alguns alimentos e nutrientes podem ajudar a aliviar sintomas da menopausa, como ondas de calor e mudanças de humor. A nutróloga pode orientar sobre opções alimentares que favorecem seu bem-estar.
- Suplementação: Caso necessário, ela pode recomendar suplementos para complementar a dieta e melhorar a saúde geral, considerando suas necessidades específicas.
- Educação sobre hábitos saudáveis: A nutróloga pode educá-la sobre a importância de hábitos alimentares saudáveis e como fazer escolhas que promovam uma vida equilibrada.
- Acompanhamento contínuo: Com consultas regulares, a nutróloga pode monitorar seu progresso, ajustar o plano conforme necessário e oferecer apoio motivacional.
Consultas com uma nutróloga podem ser uma parte importante de uma abordagem integrada para enfrentar a menopausa com saúde e qualidade de vida.